Blog da Afya

O gestar da vida

Neste final do mês de Março, o mês dedicado à dignidade das mulheres, A Afya Centro da Mulher está grávida e pronta para dar a luz.

Representando a equipe, Mylenna, a caçula da Afya, traz para todos nós mulheres, equipe da Afya e todas as mulheres deste universo  a capacidade grandiosa de sermos Mulheres.
Mulher  Deusa,  mãe, geradora da vida, criativa, doçura, ternura, curandeira e muito mais.
Apesar do seu sofrimento com os sistemas patriarcais, machistas e excludentes, a mulher  continua regenerando a vida e sendo mulher.
Assim, a sociedade continua recebendo o benefício desta grande mulher geradora da vida.
Nesta equipe grávida representada pela Mylenna, que trabalha na  Afya Centro Holístico da Mulher, está sempre disponível para apoiar e acompanhar vocês que são da  comunidade/sociedade no processo de autocuidado e auto cura. Sejam bem vind@s para  que junto reverenciamos a Vida.   

Efu Nyaki.

 

O caminho não está no chão, mas nos pés!

O caminho não está no chão, mas nos pés.
Li essa frase dias desses e ela ficou ressoando por aqui por bastante tempo.
Fiquei pensando no quanto nós, MUITAS VEZES, esperamos que o chão se firme para dar um primeiro (talvez segundo ou terceiro) passo.
Quantas vezes, ou por quanto tempo, você tem esperado que se faça chão para seguir em frente?
Quantas oportunidades você já perdeu, à espera do momento certo, da pessoa certa, do emprego certo? O melhor dia, a hora exata.
Quantos pedaços seus ficaram para trás, perdidos no piso que não se criou sozinho?
Esperar o chão se fazer, o caminho se iluminar ou a estrada ficar mais segura, não nos garante nada além daquilo que já temos.
O trabalho que já temos, a relação que já temos, a casa que temos, a pessoa que já somos.
Quando compreendemos que o caminho não está no chão e sim em nossos pés; compreendemos também que, por mais que o chão faça parte da estrada, quem determina o caminho a ser seguido somos nós! São os nosso pezinhos.
Tomar a responsabilidade dos passos que damos é tomar a responsabilidade das nossas vidas. Do percurso que elas levam.
Eu sei que pode ser bem difícil dar um passo num chão não muito firme, numa estrada cheia de buracos. Talvez você empaque, atole. Talvez você afunde numa grande poça de lama. Tudo isso é possível.
Mas, pode ser também que você aviste uma bela paisagem, que sem o tal passo não era visível.
Talvez, virando à esquerda, você encontre aquilo que estava buscando, ou quem sabe aquilo que você nem sabia que procurava.
Se jogar! Colocar um pé, depois o outro. É assim… a vida é assim! Perdemos muito de nós pelo medo do que pode acontecer numa estrada desconhecida.
E esquecemos que, para que ela deixe de ser desconhecida, precisamos do que?
Isso mesmo: CONHECÊ-LA! Explorá-la. E isso somente se permitindo dar um passo a mais.
Estamos na fase minguante da lua. Momento propício para deixar ir o medo do chão que não existe para que, quando a lua nova chegar, possamos dar um grande (ou pequeno, não importa) passo em direção àquilo que nosso coração deseja.
Qual passo você escolhe dar hoje? Me conta aí.

Com amor, Camila Castro.

O tempo

Ah, o Tempo…
Eterno infindo mistério que desdobra nas miríades de dias e vivências que nós, incautos nesta jornada, colecionamos no jardim da Sabedoria.

Avança a criatura humana para dentro de si, assim como o dia é hora, a hora é minuto, o minuto é segundo e o segundo é, também Eu Sou pessoa, espírito, sentimento, movimento…

Assim como os dias viram meses, e os meses, anos, que se tornam décadas, que se desdobram séculos até chegarem os milênios e suas eras – também o Ser, desdobrando seu movimento pela Vida, começa a sentir os efeitos que causa.

Ao sentir, nascem dores e amores.
Da Dor, ele cria sua cura; pelo Amor, conhece a Salvação.
Então o pequeno espírito, mônada em matéria, desbrava o jardim do celeste Pai que zela se quem se planta firme em sua Paz.

Ao longe e longo do Tempo, surge a esperança.
Ao longe e longo, no Tempo surgem os dias tão sonhados de união – aquela nossa velha utopia, lembra?

É na semente do Temporal causado pelo nosso dom verbal, dádiva sublime!, que compomos e construímos o novo caminho – compõe-se a canção que o rouxinol canta pelo seu despertar, enquanto na flor que outra avezinha beija, o orvalho purifica seu coração.

Por @numerodarosa

Cura do trauma, trauma coletivo, trauma de desenvolvimento e outros tipos de traumas.

Nós, seres humanos, passamos por muitos tipos de traumas. Mencionando poucos, começo com o trauma de desenvolvimento: Que se inicia lá na barriga da nossa mãe, no momento de nascimento, onde o próprio nascimento é o trauma, e continua a medida que a criança vai crescendo. Os pais brigando, conversando, Irmãos que beliscam e um monte de outras coisas que nós nem imaginamos são traumas, mas tem e isso acontece. O trauma de desenvolvimento acontece a medida que a gente vai crescendo, desde a adolescência até os 29 anos. Todos nós passamos por esse tipo de trauma e ele é muito complicado, é um trauma onde você não tem para onde correr, podemos caracteriza-lo como um trauma inescapável, ninguém escapa disso, e todos nós, nas nossas famílias ricas, pobres, tradicionais ou não tradicionais, sempre passamos por isso porque sabemos também que ao passar pelo trauma nós ganhamos resiliência, então existe um propósito para isso.
Outro tipo de trauma que eu gostaria de colocar é o trauma transgeracional, esse vem dos nossos ancestrais. Os nossos ancestrais, que sofreram na guerra, tiveram dificuldades e tudo de ruim que passaram, assim como nós, também passaram por traumas de desenvolvimento e isso ficou marcado nos seus DNAs. Eles passaram para nós e, além disso, tem também o ambiente: as guerras, os traumas de desastres naturais e muitos outros traumas que eles passaram, nós também carregamos eles.
Existem outras tipos de traumas. O social, nessa categoria envolve muitos aspectos: A pobreza, violência, a discriminação de todas as formas sendo elas: racial, de gênero, mais velhos, mais novos e todo tipo de descriminação que podemos imaginar e para além disso. Hoje em dia, tem um que é maior que é chamado de bullying nas escolas. Então esses são os traumas, que muitos de nós passamos nessas categorias e são complicados, mas o Peter Levin fala assim : “o trauma não é sentença da vida, não é o fim da vida”. Então ele diz que tem um uma boa notícia, “se sobrevivemos e estamos aqui até hoje, quer dizer que já superamos”.
Começamos com isso, então a proporção que a gente vai descobrindo mais sobre o nosso trauma de desenvolvimento e começamos a tomar a consciência disso, vamos curando-o e a medida que vamos curando-o, nós podemos conseguir entrar em contato com o trauma transgeracinal (que é o trauma que vem dos nossos ancestrais) e assim que conseguimos fazer a cura desse trauma, então conseguimos lidar com o traumas coletivos que são esses que se chamam de trauma social, porque se não curarmos o nosso trauma de desenvolvimento ele sempre vai entrar no meio do trauma social e fica acoplado e fica ainda mais difícil de curá-lo. Então eu estava falando isso para ajudar as pessoas saberem que todos nós temos esses traumas que eu mencionei lá acima, mas tenho uma boa notícia, o trauma tem cura.
 Então venha para a Afya, temos Constelação Famíliar que cura trauma transgeracinal e outros tipos de traumas também, as emoções, trauma de desenvolvimento e temos a experiência Somática que cura trauma de todas as categorias porque ela nos ajuda a entrar em contato com o nosso corpo e ao passo que nós entramos em contato com o nosso corpo, nós conseguimos liberar toda energia traumática e assim tomamos consciência do momento presente e quando presente, a cura acontece. Eu convido vocês a irem na Afya pois sempre temos essas terapias que curam traumas e, além disso, também temos outros recursos de outras terapias que acompanham esse processo de cura, muito obrigado a todos e sejam bem vindos a Afya, sejam bem vindos ao nosso espaço.
Texto por Efu Nyaki