O tempo

Ah, o Tempo…
Eterno infindo mistério que desdobra nas miríades de dias e vivências que nós, incautos nesta jornada, colecionamos no jardim da Sabedoria.

Avança a criatura humana para dentro de si, assim como o dia é hora, a hora é minuto, o minuto é segundo e o segundo é, também Eu Sou pessoa, espírito, sentimento, movimento…

Assim como os dias viram meses, e os meses, anos, que se tornam décadas, que se desdobram séculos até chegarem os milênios e suas eras – também o Ser, desdobrando seu movimento pela Vida, começa a sentir os efeitos que causa.

Ao sentir, nascem dores e amores.
Da Dor, ele cria sua cura; pelo Amor, conhece a Salvação.
Então o pequeno espírito, mônada em matéria, desbrava o jardim do celeste Pai que zela se quem se planta firme em sua Paz.

Ao longe e longo do Tempo, surge a esperança.
Ao longe e longo, no Tempo surgem os dias tão sonhados de união – aquela nossa velha utopia, lembra?

É na semente do Temporal causado pelo nosso dom verbal, dádiva sublime!, que compomos e construímos o novo caminho – compõe-se a canção que o rouxinol canta pelo seu despertar, enquanto na flor que outra avezinha beija, o orvalho purifica seu coração.

Por @numerodarosa